quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A POPULAÇÃO MUNDIAL

A POPULAÇÃO MUNDIAL
Com o rápido crescimento da população mundial, especialmente nos países subdesenvolvidos, estatísticas nos dão conta que em 2050 poderemos chegar até 12,5 biliões de habitantes no planeta. Apenas pelo conhecimento dos números, já tomamos consciência da importância que tem o estudo da população. Todavia os números só servem para quantificar e, no caso da população humana, diferentemente das populações animais em que todos vivem de maneira semelhante, a população mundial caracteriza-se pela grande diversidade social. Vivemos num mundo onde apenas um terço da população desfruta das vantagens.

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FOME

A condição de enormes contingentes humanos que se tornam improdutivos por não conseguirem se alimentar adequadamente e não podem adquirir alimentos por terem se tornado improdutivos é uma ameaça constante para toda a humanidade. Josué de Castro buscou caminhos para romper este círculo vicioso e combateu a indiferença daqueles que naturalizavam o fenómeno como uma catástrofe inevitável.
Josué combate a explicação da fome no mundo como efeito do crescimento demográfico. No século XVIII, o economista inglês Thomas Malthus formulou a hipótese de que enquanto as populações crescem em progressão geométrica, a produção de alimentos cresce em progressão aritmética, o que justificaria a necessidade de limitar o crescimento demográfico. Mesmo com estas previsões desmentidas pela história, muitos pensadores liberais do século XX adotaram o mesmo princípio fatalista para explicar a fome e justificar o controle de natalidade em países do terceiro mundo.
"Os neomalthusianos, ao afirmarem que o mundo vive faminto e está condenado a perecer numa epidemia total de fome porque os homens não controlam de maneira adequada os nascimentos de novos seres humanos, não fazem mais do que atribuir a culpa da fome aos próprios famintos".


Ao contrário do que prega a doutrina malthusiana, Josué constata que a explosão demográfica é um efeito da fome, e por esta razão uma característica de países subdesenvolvidos. Observa que há uma correlação entre uma alimentação pobre em proteínas e o aumento da taxa de natalidade. Trata-se de uma expressão biológica de uma calamidade social